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sábado, 8 de agosto de 2009

Dança Tribal: “ O Resgate da Alma Feminina”; o Tributo á Grande Mãe Divina .


Hoje quero propor um exercício ou uma vivência; como queiram chamar.

Se você que está lendo é um homem, então se imagine como um caçador ou guerreiro primitivo, dentro de uma floresta, se espreitando por entre as árvores numa noite de lua cheia. Você e seu grupo estão voltando de uma caçada ou batalha e em algum momento vocês escutam sons, gritos, risadas e vozes femininas; escutam sons de sinos e de madeira se tocando e criando sons.

Se você que está lendo é uma mulher; se imagine agora completando o outro lado do “quadro” que os caçadores vêem. Imagine-se nesta noite de lua cheia, numa clareira na floresta, junto a outras mulheres, numa dança alucinante em círculos, que provoca uma grande excitação. Olhe ao redor e perceba que as mulheres com rostos pintados, colares de conchas, ossos, búzios e sementes, sorriem para você. E ao passo que você dança; o ritmo alucinante de flautas de cascas de árvores, o estalido sincrônico

de madeira batendo em madeira e o tilintar dos sinos; além dos gritos que mais parecem grunhidos de animais selvagens aos poucos induz você a um transe e você se sente sumir por completo, se misturando àqueles árvores, á luz da lua cheia, ás águas dos rios e aos animais noturnos. Você gira e o Mundo gira também aumentando a sensação de entrega total de si. Estas sensações apesar de serem fortes, não duram muito e aos poucos a cantoria e os ritmos se desaceleram; mesmo ofegante você se acalma e começa a perceber as mulheres a sua volta. Nota as mais velhas, com rugas e corpos seminus, já com as marcas do tempo; observa então, as mulheres mais jovens com o vigor e a beleza da juventude. Vê também as meninas, pouco mais que crianças, mas, nota nelas a força de guerreiras. Você olha para essas mulheres e se vê em todas elas; como a Anciã, a Mãe, a Bruxa, a Filha, a Guerreira e a Sacerdotisa.

Você sente seu Amor por elas e este sentimento é recíproco. Porque uma deve cuidar da outra. Porque vocês são a Senhora da Vida no Planeta.

Agora se veja sendo observada pelos caçadores e guerreiros que estão escondidos entre as árvores. Note a curiosidade que eles sentem a contemplar todo este poder. Agora, se reconheça, se aceite, se ame e principalmente se respeite; pois, você é uma parte importante da criação!

Dança Tribal

Quando conheci a Dança Tribal, não tinha idéia do impacto que isto causaria na minha vida. Via mulheres dançando com roupas rústicas, rostos marcados, dreads no cabelo e tatuagens, muitas tatuagens. A princípio, senti repulsa daquelas mulheres, até então prá mim, gordas, sem graça e mal arrumadas.

Os meses foram se passando lentamente e aos poucos o vírus do inconformismo não me deixou em paz. Não me conformava com “aquelas Bruxas” dizendo-se dançarinas. – Não da minha Dança do Ventre!

Isto estava me incomodando tanto que quis saber o que levava uma mulher ser daquela forma.

Comecei assistir vídeos e ler sobre o estilo Tribal em sites e passei a pesquisar tudo o que podia sobre o assunto.

Foi então que em uma dessas buscas, encontrei nada menos, nada mais que Raquel Brice. Fiquei estática ao ver aquele ser “invertebrado” deslizando sobre o palco. Momentos depois eu já sentia o ritmo daquela música em mim. Pronto! Estava enfeitiçada. Comecei seguir os passos desta que me surpreendeu tanto. Comecei abrir o Véu e atravessei um Universo de pelo menos 8 a 10 mil anos atrás.

E outras começaram aparecer pra mim trazendo pequenos toques indianos, africanos, flamencos, gregos, celtas, árabes e egípcios. Num dado momento, estava assistindo uma apresentação de Tribal onde podia observar os mais variados tipos de mulheres, das mais variadas idades, com a aparência tão misturada e harmônica ao mesmo tempo.

Vi também como se olhavam, magra, jovem ou gorda e feia não importa. Elas se admiram e se gostam. Elas se respeitam. Não existia mais a branca ou negra, nem a japonesa ou árabe. Eram todas da mesma Tribo! Naquele exato momento vi o “Espírito da Tribo Ancestral” que elas representavam. Neste momento, descobri a verdadeira essência da Dança tribal: a união, a amizade, o respeito, o companheirismo e a doação de si mesmo.

Eu vi que aquelas mulheres estavam resgatando a Cultura Ancestral do Mundo e que devia respeitá-las. E notei que aquelas mulheres eram tão lindas juntas e com seus defeitos, entretanto, estariam horrendas talvez numa coreografia de Belly Dance tradicional; porque neste momento percebi que neste estilo específico ( Belly Dance) existe uma preferência pela estética perfeita dos corpos magros e roupas caras. Tudo muito “perfeitinho”; desde que se pague muito!

Hoje vejo as mulheres da Dança Tribal como as Mães, as Bruxas; aquelas que criaram e recriam o mundo todos os dias.

Sei que todos nós precisamos ganhar dinheiro para o nosso sustento, mas acho um pouco demais, rotular as pessoas como se fossem mercadorias numa vitrine.

Hoje tenho que confessar: Amo o Tribal!

Não estou desfazendo de tudo o que aprendi antes, mas, está claro que o estilo Tribal veio resgatar o Espírito da Mãe Interna. Fez ressurgir o Poder da Grande Mãe.

Então, só posso dizer uma coisa: Primeiro conheça o Tribal para depois formar uma opinião justa sobre este Estilo. Busque sua Mãe Interna e faça as pazes com Ela. Você verá que o Universo abrirá os braços pra você. E seja Feliz !!!

Daisy Gaia

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